'Método, Método, que queres de mim? Bem sabes que comi do fruto do inconsciente.' Jules Laforgue

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

a grafia da cal

terei sempre a grafia da cal num coração novo exterior
cheio de mar ou anémonas ou rosas num ímpeto
eivadas de sangue
na paridade mais viva do poema estelar
até à cúpula da morte
até a um silvo leve e límpido de sol.

mariagomes
26 agosto 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Quem disse que a pintura deve parecer-se com a realidade?
Quem o disse vê com olhos de não entendimento
Quem disse que o poema deve ter um tema?
Quem o disse perde a poesia do poema
Pintura e poesia têm o mesmo fim:
Frescura límpida, arte para além da arte
Os pardais de Bian Lun piam no papel
As flores de Zhao Chang palpitam
Porém o que são ao lado destes rolos
Pensamentos- linhas, manchas-espíritos?
Quem teria pensado que um pontinho vermelho
Provocaria o desabrochar da primavera?


SU DONGPO (China, 1035-1101)
-trad. Adelino Ínsua



poema gentilmente enviado por Amélia Pais



quinta-feira, 13 de agosto de 2009

o que os meus olhos vêem, o que os teus olhos vêem,
será talvez o litigo da solidão profunda,
o ar, em suma,
num silêncio irredutível, livre, lírico , tão longínquo,
num lugar antes do tempo.

mariagomes
agosto de 2009

terça-feira, 4 de agosto de 2009




O ar.......................passa

através das palavras.


António Ramos Rosa

in antologia poética
publicações d. quixote





Quem sou eu

Minha foto
Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes

A invenção do amor - Daniel Filipe

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